Ao menos cem ativistas gays e lésbicas se beijaram na passagem do papamóvel de Bento XVI pela praça da Catedral de Barcelona, quando o religioso seguia para o templo da Sagrada Família neste domingo na visita à Espanha.
Gays e lésbicas se colocaram em uma região da praça da Catedral que estava lotada de fiéis, que cantavam e davam vivas ao papa na saída do palácio episcopal onde ele passou a noite, depois de chegar de Santiago de Compostela, primeira etapa da viagem.
Casal gay se beija durante passagem do papamóvel em Barcelona, neste domingo (7) (Foto: Josep Lago / AFP)
Jordi Petit, dirigente histórico do movimento homossexual da Catalunha, reclamou que há anos "a hierarquia eclesiástica ataca os direitos básicos humanos", como sua insistência em proibir o uso de preservativos.
Petit especificou que esta crítica é dirigida à cúpula da Igreja Católica, e não "aos cristãos de base que fazem um bom trabalho", e se pronunciou a favor de um estado laico em que "a política vá para um lado e a religião seja algo pessoal".
Os gays e lésbicas gritaram em coro palavras ao papa, chamando-o de "pederasta" e frases como a "Igreja que ilumina é a que arde".
Em contrapartida, jovens cristãos saíram em defesa, dizendo "aqui está a juventude do papa".
Outro casal se beija durante passagem do papa em Santiago de Compostela, no sábado (6) (Foto: Lalo R. Villar / AP)
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