terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Ortonásia- O Direito de morrer sem o uso de aparelhos. Uma reportagem espetacular para refletir-se sobre a vida. O que seria uma boa morte? Leia e escreva para aquiemtemporeal@gmail.com

Uma Matéria Reflexiva!

Reportagem Especial

Ortonásia- O Direito de morrer sem o uso de aparelhos. Uma reportagem espetacular para refletir-se sobre a vida. O que seria uma boa morte? Leia e escreva para aquiemtemporeal@gmail.com

Na discussão sobre o que é uma boa morte, fala-se muito em ortotanásia – deixar que a morte ocorra de forma natural, sem o uso de aparelhos que mantenham a vida artificialmente, por exemplo. É a permissão para não se prolongar a vida a qualquer custo, "assim, quando chegamos numa situação de terminalidade, onde se está no limite da medicina, podemos fazer cuidados paliativos, não prolongando a vida e procurando oferecer o maior conforto possível. É um campo que tem se desenvolvendo muito e conta com critérios para uma morte digna", disse o médico Dr. Max Grinberg numa entrevista para esse blog.

A boa morte foi o tema da semana passada do podcast Mamilos, do site Brainstorm9, do qual participei. O assunto surgiu após a divulgação de que a advogada Rosana Chiavassa conseguiu ter seu testamento vital autorizado pela Justiça, explicitando o desejo pela ortotanásia, já permitida pelo Código Ético Médico mas não prevista em lei.


A discussão do podcast teve a presença da médica especializada em cuidados paliativos Milena Reis, a pesquisadora Jussara Almeida e as organizadoras do canal Juliana Wallauer e Cris Bartis. Fala-se de testamento vital, cuidados paliativos, a boa morte, morte digna, autonomia e como lidar com os desafios de ter um parente em processo de final de vida. Há bons links disponíveis para consulta no site do Mamilos.



Dra. Milena dá a entender que uma boa morte é aquela que ocorre em casa, ao lado de quem se ama. Mas ela destaca que morrer em casa não é algo fácil de ser organizado, porque muitas famílias não têm estrutura emocional para cuidar de um doente terminal, ou mesmo física, como a cadeira de rodas não passar pela porta de entrada. O alto custo de um "home care" também pode impossibilitar o processo.

O podcast também menciona o quanto algumas terminologias podem gerar preconceitos, como testamento vital, uma tradução errada feito da palavra em inglês, living will (will pode ser entendido como vontade e testamento. Nesse caso, a tradução correta seria "vontade em vida"). E cuidados paliativos é normalmente associado de forma negativa a paliativo, como um remendo, uma gambiarra, e assim, algo de menor valor. Há um grupo de estudiosos que defende a mudança do nome. Alguns hospitais usam a terminologia controle de sintomas. Para Dra. Milena, o nome é o menos importante. O grande preconceito disso é que se fala em cuidados paliativos quando a pessoa está prestes a morrer. Mas na verdade ele começa muito antes, logo no diagnóstico da doença e todo médico deveria ter formação em cuidados paliativos. "Toda doença que tem risco de morte é passível de cuidado paliativo", Dra Milena diz, "ela envolve controle de sintomas e vai além da dor física. É uma abordagem psicossocial e também espiritual, respeitando-se a autonomia da pessoa".

"Não sabemos nascer, também não sabemos morrer", Cris Bartis diz. Ela fala sobre o conceito da palavra dignidade, ao lembrar de casos em que o agravamento da doença desfigurou conhecidos e os impediu de conviver, trazendo o questionamento: isso é vida?


Vamos seja atendido on-line agora mesmo:
Escreva para:
WhatsApp: 85 8874-8787
Ou através de quaisquer dos telefones acima!

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário